quinta-feira, 29 de maio de 2014

2º dia em NYC: Miss Liberty, 9/11 Memorial e Broadway

Nosso segundo dia em NYC tinha alguns compromissos marcados: a visita à Estátua da Liberdade, ao Memorial do 11 de setembro e uma peça na Broadway. Tudo isso eu tinha comprado e marcado horário anteriormente. Cheguei a pensar que o dia pudesse ficar corrido, mas até que não - o passeio foi tranquilo.

O dia começou supercedo, antes das 5h da manhã, com o alarme de incêndio tocando a toda no hotel. O susto foi enorme! Vesti a roupa que tinha separado para o dia, taquei passaportes e dinheiro na bolsa e desci as escadas. Em poucos minutos os bombeiros chegaram e disseram que tinha sido um alarme falso na cozinha. Ufa! Mas quem disse que eu consegui voltar a dormir? Depois de muito enrolar na cama, fui logo tomar banho pois nosso primeiro compromisso estava marcado para cedo: o encontro com Miss Liberty.

Sempre me falaram que a visita à Estátua da Liberdade é um caos, que o sistema de segurança é chato e demorado (você precisa passar por detector de metais e as bolsas por raio-X, que nem em aeroporto) e que nem vale a pena. Mas eu queria ver a tal estátua de perto, já que é um dos símbolos da cidade - e por que não dos Estados Unidos como um todo - e eu nunca a tinha visto nem de longe.

Nossa experiência foi bem tranquila. Eu comprei o ingresso com antecedência, pela internet, para o primeiro horário de balsa; só daí já não peguei a fila para os tíquetes, que estava bem cheinha. Como chegamos lá uma meia hora antes do barco zarpar, a fila da segurança estava vazia e pudemos pegar um bom lugar no convés para apreciar a paisagem e tirar fotos.

O passeio de barco do Battery Park até a Ilha da Liberdade dura uns 15 minutos e, além da própria estátua, pudemos observar o famoso skyline de Manhattan, com o One World Trade Center e seus mais de cem andares.




Um parênteses: eu queria MUITO ter subido até a coroa da estátua, mas não foi possível. Comprei a passagem uns dois meses antes da viagem e os ingressos para a coroa esgotam com muita antecedência :( Dizem que a escada é superapertadinha e são mais de 10 andares. Pra quem sofreu muito pra subir a escada das torres da Notre Dame, eu cismei que tinha de ir lá em cima agora que estou em melhor forma para "compensar". Fica pra próxima...



Na ilha, nós passeamos, tiramos fotos e em pouco tempo pegamos a balsa de volta. No retorno, ela para na Ellis Island, local onde os imigrantes chegavam de barco aos EUA até o início do século XX. Dizem que um terço dos norte-americanos tem entre suas origens alguém que passou por lá. O passeio é interessante, mas várias áreas do prédio estão fechadas ao público por conta de estragos feitos pelo Furacão Sandy, em 2012.

Depois, pegamos a balsa mais uma vez e desembarcamos no Battery Park. Dali, andamos um pouco pelo parque - que tem um monumento em homenagem aos militares mortos na 2a guerra mundial - e fomos até o famoso Touro de Wall Street, que fica ali perto.

Chegando lá, dezenas de turistas se espremiam para tirar uma foto. Aliás, isso é uma coisa bastante comum lá em Nova York. Não tem fila, mas as pessoas vão se revezando diante do ponto turístico para as fotos. Só os chineses que me pareceram não respeitar muito a ordem e se enfiam no meio da sua foto. Até me estressei um pouco com um chinês que me deu um baita empurrão e tratei de arrumar um barraquinho de leve. hahahaha

De lá, fomos andar pelo Financial District, o bairro em que fica a conhecida Wall Street. A rua em si não tem nada demais além dos engravatados apressados. Daí já era hora do almoço e fomos comer no Les Halles, restaurante do Anthony Bourdain, do programa Sem Reservas e jurado frequente do Master Chef (que amamos!). Comi um steak com fritas - as fritas eram incríveis, o steak nem tanto. Leleco pediu steak tartar, que ele ama, e finalizamos com um creme brulée delicioso.

Tínhamos reservado a visita ao Memorial do 11 de setembro para depois do almoço e nos encaminhamos para o local. Chegando perto, meu coração já começou a apertar. Lembro de, ainda adolescente, ter sido impactada pelo atentado às torres gêmeas e mal posso pensar que já me emociono.

A fila é grande e a segurança também. Fica cheio, então se você puder reservar com antecedência faça isso pois a fila para pegar passe na hora é maior (e pode ser que esteja cheio e você nem consiga).

Quando cheguei à praça que homenageia as vítimas do atentado, não pude segurar o choro. Apesar de já ter visto centenas de fotos do monumento, não estava preparada para o tamanho daquilo. As piscinas são enormes e eu chego a dizer que a homenagem foi muito poética, uma representação de tanta tristeza - a água caindo em lágrimas direto num buraco do qual não vemos o fundo. Pra mim aquelo é a visualização física de qualquer tipo de dor emocional. Ver cada um daqueles nomes gravados, pensar que cada um deixa uma família e uma história atrás de si... Fiquei tão tocada pelo local, senti uma vibração tão triste, tão solene, que não consegui conceber a postura dos outros visitantes. Não da pra entender o povo tirando foto sorrindo na frente da fonte. Enfim...



Aquilo ali já foi uma baita porrada pra mim. O museu que conta a história do atentado abriu só uma semana depois da gente ir embora, mas sabe... Mesmo voltando a NYC, não sei se conseguiria ir lá. Se apenas ver a homenagem de forma quantitativa já mexeu comigo, imagina ver o rosto, fotos, a história de cada uma daquelas pessoas, gente que como você e eu só estava trabalhando, passeando, vivendo sua vida? Não acho que ia conseguir.

Eu estava tão down saindo de lá que nem me animei a fazer compras nem nada. Ficamos passeando e esperando a hora de ir a Midtown, pois tínhamos ingressos para nossa primeira peça na cidade: Aladdin. É uma peça nova e está ficando lotada! Então se você estiver a fim de ver, compre com antecedência.


Eu confesso que me decepcionei um pouco. Antes de viajar um amigo meu disse: "Você vai descobrir lá que tipo de musical te agrada". E eu descobri: não tenho muito saco pra musicais infantis. É bonitinho mas eu sou meio velha de espírito. Além disso o teatro é o mais velho e apertado de todos que fui, chega a dar dor nas costas de tão ruim que é a cadeira... mas conheço um monte de gente que amou! Por isso, é gosto. Numa próxima vez, fugirei dos musicais infantis, a não ser que esteja com crianças (ou quem sabe mando os pimpolhos com o marido e vou fazer outra coisa... rs)

E aí acabou nosso segundo dia na cidade.
No terceiro dia: Chelsea, High Line Park, Meatpacking District e Top of The Rock

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Quem é vivo sempre aparece...

Meses depois, aqui estou eu.
Renovada após as férias :)

E como estou monotemática depois de alguns dias em Nova York, vim aqui contar um pouco sobre minha viagem. Quem sabe essa experiência não pode ajudar alguém, né.

Em março, eu esperava tirar férias em setembro e apenas alguns dias de folga em maio. Mas aí fiquei sabendo de mudanças de planos no trabalho que me impediriam de viajar em setembro. Então acabei pedindo 20 dias em maio e fui procurar um destino assim, de uma hora para outra. Dois dias depois já estava com as passagens compradas!

Foi minha terceira vez em NYC, mas apenas a primeira como turista. Das outras tinha ido apenas a trabalho. Só deu tempo de comer, de resto... mal vi o Empire State e olha que dá para vê-lo praticamente de qualquer lugar.

Aproveitei uma promoção de passagens da TAM. Foi nossa primeira viagem internacional pela companhia e achei legal. O avião aparentava ser novo e tinha aquelas telinhas individuais que tornam a viagem na classe econômica uma experiência menos traumatizaste.

Chegando a NYC, perdemos uma hora e pouco na fila da imigração. Bom, das três vezes que estive na cidade peguei uma espera longa pra passar por lá. Mas foi bem tranquilo - como sempre, os agentes da imigração foram simpáticos e solícitos.

A novidade é que - ao contrário das outras vezes - resolvi ir para Manhattan de metrô. Sempre peguei o táxi mas acabou que o metrô foi uma ótima opção, mais barata e rápida, jã que me lembrava de ter pego engarrafamentos bem chatinhos no caminho e chegamos numa 2a feira no início da manhã, horário do rush.

Eu temia um pouco o metrô nova-iorquino já que só o tinha usado uma vez e acompanhada de um morador da cidade. Lembro de ter achado a experiência confusa e intimidante. Para quem tinha passado sem sustos pelo metrô de Paris, aquele me parecia nada amigável. Mas até que foi bem tranquilo. Nos nossos doze dias pela cidade, não nos perdemos nenhuma vez.

A viagem de metrô para Manhattan durou menos de 50 minutos e custou US$ 7,50 por pessoa - contra 20 do shuttle e 60 do taxi (30 por pessoa). Como só tínhamos duas malas - uma média e uma de mão - foi bem tranquilo mesmo tendo de fazer baldeação. Nosso hotel, Pod 39, era bem perto da Grand Central Station e eu fiquei satisfeita. Os quartos são bem pequenos, mas bem-aproveitados, e o staff é atencioso.

Chegamos no hotel antes das 10h da manhã, bem antes do horário do check-in. Como havia vagas, fizemos early checkin sem custo - deu tempo de tomar um banho e sair para bater perna na cidade. Nossa primeira providência foi passar numa loja da TMobile para comprar um chip - viajar sem internet no celular, sem GPS, é tão mais difícil depois que a gente acostuma...

A segunda parada foi a B&H, uma loja incrível de eletrônicos. Fui na intenção de comprar uma câmera nova para já usar na cidade. Lá tem de tudo - fotografia, video, computadores... Dá pra passar um tempão! Depois de comprar nossa câmera, fomos bater perna na cidade sem rumo, já que não costumo programar nada para o dia da chegada.

Tinha um Empire State no caminho...
No fim do dia, fomos até o Met - era o dia de baile de gala do museu, aquele famoso por receber famosos do naipe de Beyoncé e afins. Que engraçado! Tinham centenas, talvez milhares de pessoas na calçada diante do museu esperando para dar uma espiadinha nas estrelas. As pessoas gritavam, acenavam, choravam... E comentavam, cheias de propriedade, os modelitos das famosas: "Look its Sharon Stone and she's wearing that Valentino!". E eu mal conseguia ver um pontinho loiro lá longe, do outro lado da rua... hahaha

Me divertindo com o povo tentando ver os famosos do outro lado da rua


Ficamos lá uns vinte minutos, impressionados com a multidão, e fomos jantar. Assim acabou nosso primeiro e mais tranquilo dia em NYC. O que veio depois disso foram vários dias incríveis, com longas caminhadas, arte, música, entretenimento... NYC é uma cidade incrível que vale muito conhecer!
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